terça-feira, 24 de junho de 2008

A arte, a mágica, a magia, a poesia, o sucesso, o favoritismo tão perto.

Sucesso Independente
Novo coqueluche do público jovem, banda O Teatro Mágico vende 50 000 dicos mesmo sem contrato com gravadora

Por Helena Galante
Foto de: Raul Zito
Fernando Anitelli (à frente) e os integrantes de
seu grupo: ingressos esgotados para show no Auditório Ibirapuera

Poesia, circo, teatro, canções e muito discurso-cabeça. O clima lembra o de um sarau. Nova coqueluche do público jovem, a banda O Teatro Mágico chama atenção pela mistura de música com números de acrobacia em tecido, monociclo, malabarismo, perna de pau, trapézio e dança. É uma espécie de cruzamento de Legião Urbana com Parlapatões. O grupo, que tem em média treze artistas a cada apresentação, iniciou a carreira em espaços pouco conhecidos da cidade de Osasco. Três anos e meio depois, o sucesso atingiu números impressionantes, principalmente para artistas que não contam com o apoio de nenhuma gravadora. Durante a Virada Cultural, em maio, a trupe reuniu 40000 pessoas e seu único CD vendeu 50000 cópias (o equivalente a um disco de ouro da indústria fonográfica). A apresentação marcada para o próximo fim de semana (de 20 a 22) no Auditório Ibirapuera está com ingressos esgotados.
"O Teatro Mágico supre a carência, dentro da MPB, de grupos comprometidos a cantar de maneira poética e a englobar diversas formas de expressão artística", teoriza o estudante universitário Rafael Henrique Biscaro, presidente do Carejangrejos, um projeto social realizado por fãs da banda. Para interagir, há quem vá às apresentações maquiado de palhaço, como os ídolos. "Nosso trabalho não é um show, mas uma desculpa esfarrapada para reunir pessoas dispostas a compartilhar idéias e sensações", afirma o vocalista Fernando Anitelli, líder e idealizador do grupo.
Segundo um produtor que recentemente contratou O Teatro Mágico, o cachê da banda chega a 40000 reais. Pouco menos do que cobram os conhecidos roqueiros do Charlie Brown Jr., por exemplo. Parte da crítica torce o nariz para as letras cheias de jogos de palavras de Anitelli. "A poesia é pobre e o discurso político, rasteiro", diz Jardel Sebba, editor de música de Playboy. "Tudo isso, somado a uma pretensão descabida." Anitelli faz o tipo nem te ligo. "Vou manter o trabalho do jeito que acredito", avisa o vocalista. Se os números continuarem como estão, ele não tem motivos para pensar diferente.
Desculpem o comentário, mas olha quem ta querendo falar mal de uma banda linda como essa, um editor de música da revista Playboy, ah faça-me o favor.
Quero Teatro Mágico todos os dias.

Um comentário:

s2...Ná... s2 disse...

Simplismente TUDo isso e mais um pouco...
Teatro Mágico é o conjunto de várias ARTES em um grupo só. ^^

Poesia, Teatro, Música, Espataculo.
"É ARTE pura!"
E o mais gostoso de tudo é que acrescenta e Edifica.

Só pra Raros!!!